3 de ago. de 2009

Pintura de flores e elementos da natureza através da arte Sumi-e

Entre uma taça de vinho e muita conversa sobre blogs e midias sociais, um amigo sugeriu diversidade de matérias, claro, relacionadas com flores, que possam acrescentar, enriquecer a cultura e fornecer informação aos internautas que navegam no Blog da Mania de Flor.
A dica inicial foi Pintura Sumi-e, pelo fato de ter como um dos temas mais recorrentes a pintura de orquideas, crisântemos, íris, cerejeiras sakura, videiras, pinheiros, bambus, ameixeiras, pássaros e paisagens...ou seja, tudo que uma pessoa que tem Mania de flor, gosta de observar e aprender, certo?


Após pesquisar, fiquei encantada!


Segundo o blog.uncovering.org, data do século II da nossa era o aparecimento na China da arte do sumi-e. A palavra que a designa tem raiz japonesa e significa literalmente pintura com tinta. Na verdade trata-se de pura caligrafia. O artista deve comunicar a sua ideia de forma resumida e inequívoca em poucas palavras, ou seja, neste caso, em poucas linhas. Mais do que uma mera representação mimética o sumi-e é a arte do essencial.
Segundo a Sociedade Brasileira de Bungei www.bugei.com.br"... O mais importante é que o sumie representa não somente uma bela e singular forma de arte, mas também uma filosofia. Enquanto a maioria da pintura ocidental clássica teve como meta a descrição realista do mundo e seus objetos, o sumie sempre foi expressão de percepção do artista. Pintores tentando capturar a essência de um objeto, pessoa, ou paisagem: mais importância para a sugestão que para o realismo.A pintura ocidental usa a cor para criar sombras, tons e um sentido de espaço. O sumie tradicional, por outro lado, usa unicamente tinta preta. Na pintura oriental, a tinta preta é a mais alta simplificação de cor.


O Sumie, conforme sua origem, possui como principal característica a rapidez em que é realizado, a inspiração artística é transmitida no prazo mais curto possível, onde não existe tempo para reflexão ou pensamento daquilo que está sendo realizado, o artista deve seguir sua inspiração espontânea. Não existe a possibilidade de nenhuma correção ou repetição, um traço deve ser encarado como único, se existir algum erro ele está “morto” e portando toda obra perdida.


Esse foi o espírito que levou muitos Samurais a praticarem o Zen e o Sumie. Um golpe de espada deve ser realizado espontaneamente sem chance para correções ou reflexões, caso contrário já se estaria morto devido à velocidade que ocorriam os confrontos.
Hoje no Japão, muitos executivos e pessoas de altos cargos praticam o Sumie, não somente como forma de relaxamento ou busca de paz interior, mas também como forma de melhorarem a eficiência nos negócios, principalmente no que diz respeito à tomada de decisões rápidas."
Observe essas duas obras e aprecie essa arte:






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